RESENHA DE SHOW: Violator - Sesc Belenzinho (São Paulo)
Um dos maiores grupos de Thrash Metal do Brasil se despede dos palcos paulistanos. Uma banda que acompanho há mais de uma década e que é, sem dúvidas, uma das minhas preferidas do estilo. Banda esta que sempre ostentou orgulhosamente a bandeira do underground, do "Do It Yourself", por 16 anos mostrando uma profunda dedicação, competência e paixão pelo som extremo.
A primeira vez que vi o Violator ao vivo foi nos idos de 2008/2009, no finado Catedral Bar (Santo André), em um belo evento que contou também com Farscape, Apokalyptic Raids e Evil Mayhem. No último sábado, 20/01/2018, pude presenciar a devastação desses maníacos do Thrash (provavelmente) pela última vez, pois o guitarrista e co-fundador Pedro Capaça está de malas prontas para a Europa, por razões profissionais. Sendo assim, o grupo entrará em hiato por tempo indeterminado.
O local escolhido para a festa foi o Sesc Belenzinho, e não poderia ter sido melhor: boa localização, espaço amplo e aconchegante, estrutura e qualidade de som impecáveis, além dos ingressos a preços populares (o que resultou em "sold out" poucos dias após o início das vendas).
Pontualmente às 21h30, o caos sonoro se inicia com "Infernal Rise", faixa que abre o mais novo EP da banda, "The Hidden Face Of Death", lançado no final de 2017. Vale ressaltar que esse último registro possui uma forte influência do Death Metal old school, fundido de maneira magistral ao Thrash característico do grupo. Ponto pros caras!
Seguindo com o set, tivemos uma dobradinha do "Scenarios Of Brutality", full-lenght de 2013: "Endless Tyrannies" e "Respect Existance or Expect Resistance" (que título genial, diga-se de passagem).
Difícil descrever com palavras a energia que Pedro "Poney Ret" Arcanjo (vocal e baixo), Márcio "Cambito", Pedro "Capaça" Augusto (guitarras) e David "Batera" Araya (bateria) emanam em cima do palco. Os 4 calangos do Thrash parecem incansáveis, sempre dando 200% de si em cada show, e dessa vez não poderia ser diferente. E digo sem medo de errar: a recíproca com o público é verdadeira, pois a galera não pára um segundo, seja no mosh, circle pit ou simplesmente batendo cabeça.
"Atomic Nightmare" abertura do debut "Chemical Assault", de 2006, foi apresentada de maneira feroz, assim como a seguinte, "Futurephobia", única representante de "Annihilation Process", registro de 2010. Chegava a hora então do já tradicional e polêmico discurso de Poney contra o político Jair Messias Bolsonaro, e a execução da música "False Messiah", uma singela "homenagem" ao pré-candidato à presidência do Brasil. Particularmente, prefiro me manter alheio à polêmicas e posições políticas, então vamos continuar falando do som, que é o que realmente interessa aqui.
Uma rápida passagem instrumental precedeu "Toxic Death", seguida pela inesperada (ao menos para mim) "After Nuclear Devastation". E as surpresas não pararam por aí, pois na sequência a banda rolou "Let The Violation Begin" e "Thrash Maniacs" (essa última com a participação do guitarrista Felipe Nizuma, atual Urutu, ex-Blasthrash e Braindeath), ambas do aclamado EP Violent Mosh, de 2004, e que não eram tocadas ao vivo há muito tempo. Um dos melhores momentos da noite!
O espetáculo vai se aproximando do fim, e Poney pede para que todos deem o máximo de si, pois aquelas seriam as últimas músicas do último show! É apresentada então a maravilhosa instrumental "Ordered To Thrash", e na sequência os clássicos "Destined To Die" (com participação do vocalista Thiago, do D.E.R. e Urutu) e "The Plague Never Dies", sons absolutamente indispensáveis nos shows deles. A resposta da galera foi algo lindo de ver (e sentir), formando-se uma autêntica e poderosa conexão entre público e banda. Para encerrar o rolê com chave de ouro, o hino "UxFxTx (United For Thrash)", com grande parte dos presentes "invadindo" o palco e ali permanecendo durante toda a música, cantando a agitando ao lado do grupo. Insano!
Noite irretocável, memorável, e um ciclo que se encerra. Na manhã do dia seguinte, os caras fizeram um show surpresa na Avenida Paulista, e a última apresentação oficial será no dia 03/02, na cidade de Cascavel/PR. Depois disso, quem sabe? Fica aqui o meu MUITO, MUITO OBRIGADO ao Violator, quarteto que saiu de Brasília e contribuiu de forma imensurável com a cena Metal do Brasil, e porque não dizer, do mundo!!
SETLIST
01. Infernal Rise
02. Endless Tyrannies
03. Respect Existance Or Expect Resistance
04. Death Descends (Upon This World)
05. Atomic Nightmare
06. Futurephobia
07. False Messiah
08. Toxic Death
09. After Nuclear Devastation
10. Let The Violation Begin
11. Thrash Maniacs
12. Ordered To Thrash
13. Destined To Die
14. The Plague Never Dies
15. UxFxTx (United For Thrash)
A primeira vez que vi o Violator ao vivo foi nos idos de 2008/2009, no finado Catedral Bar (Santo André), em um belo evento que contou também com Farscape, Apokalyptic Raids e Evil Mayhem. No último sábado, 20/01/2018, pude presenciar a devastação desses maníacos do Thrash (provavelmente) pela última vez, pois o guitarrista e co-fundador Pedro Capaça está de malas prontas para a Europa, por razões profissionais. Sendo assim, o grupo entrará em hiato por tempo indeterminado.
O local escolhido para a festa foi o Sesc Belenzinho, e não poderia ter sido melhor: boa localização, espaço amplo e aconchegante, estrutura e qualidade de som impecáveis, além dos ingressos a preços populares (o que resultou em "sold out" poucos dias após o início das vendas).
Pontualmente às 21h30, o caos sonoro se inicia com "Infernal Rise", faixa que abre o mais novo EP da banda, "The Hidden Face Of Death", lançado no final de 2017. Vale ressaltar que esse último registro possui uma forte influência do Death Metal old school, fundido de maneira magistral ao Thrash característico do grupo. Ponto pros caras!
Seguindo com o set, tivemos uma dobradinha do "Scenarios Of Brutality", full-lenght de 2013: "Endless Tyrannies" e "Respect Existance or Expect Resistance" (que título genial, diga-se de passagem).
Difícil descrever com palavras a energia que Pedro "Poney Ret" Arcanjo (vocal e baixo), Márcio "Cambito", Pedro "Capaça" Augusto (guitarras) e David "Batera" Araya (bateria) emanam em cima do palco. Os 4 calangos do Thrash parecem incansáveis, sempre dando 200% de si em cada show, e dessa vez não poderia ser diferente. E digo sem medo de errar: a recíproca com o público é verdadeira, pois a galera não pára um segundo, seja no mosh, circle pit ou simplesmente batendo cabeça.
"Atomic Nightmare" abertura do debut "Chemical Assault", de 2006, foi apresentada de maneira feroz, assim como a seguinte, "Futurephobia", única representante de "Annihilation Process", registro de 2010. Chegava a hora então do já tradicional e polêmico discurso de Poney contra o político Jair Messias Bolsonaro, e a execução da música "False Messiah", uma singela "homenagem" ao pré-candidato à presidência do Brasil. Particularmente, prefiro me manter alheio à polêmicas e posições políticas, então vamos continuar falando do som, que é o que realmente interessa aqui.
Uma rápida passagem instrumental precedeu "Toxic Death", seguida pela inesperada (ao menos para mim) "After Nuclear Devastation". E as surpresas não pararam por aí, pois na sequência a banda rolou "Let The Violation Begin" e "Thrash Maniacs" (essa última com a participação do guitarrista Felipe Nizuma, atual Urutu, ex-Blasthrash e Braindeath), ambas do aclamado EP Violent Mosh, de 2004, e que não eram tocadas ao vivo há muito tempo. Um dos melhores momentos da noite!
O espetáculo vai se aproximando do fim, e Poney pede para que todos deem o máximo de si, pois aquelas seriam as últimas músicas do último show! É apresentada então a maravilhosa instrumental "Ordered To Thrash", e na sequência os clássicos "Destined To Die" (com participação do vocalista Thiago, do D.E.R. e Urutu) e "The Plague Never Dies", sons absolutamente indispensáveis nos shows deles. A resposta da galera foi algo lindo de ver (e sentir), formando-se uma autêntica e poderosa conexão entre público e banda. Para encerrar o rolê com chave de ouro, o hino "UxFxTx (United For Thrash)", com grande parte dos presentes "invadindo" o palco e ali permanecendo durante toda a música, cantando a agitando ao lado do grupo. Insano!
Noite irretocável, memorável, e um ciclo que se encerra. Na manhã do dia seguinte, os caras fizeram um show surpresa na Avenida Paulista, e a última apresentação oficial será no dia 03/02, na cidade de Cascavel/PR. Depois disso, quem sabe? Fica aqui o meu MUITO, MUITO OBRIGADO ao Violator, quarteto que saiu de Brasília e contribuiu de forma imensurável com a cena Metal do Brasil, e porque não dizer, do mundo!!
SETLIST
01. Infernal Rise
02. Endless Tyrannies
03. Respect Existance Or Expect Resistance
04. Death Descends (Upon This World)
05. Atomic Nightmare
06. Futurephobia
07. False Messiah
08. Toxic Death
09. After Nuclear Devastation
10. Let The Violation Begin
11. Thrash Maniacs
12. Ordered To Thrash
13. Destined To Die
14. The Plague Never Dies
15. UxFxTx (United For Thrash)
Resenha fudida!!!!
ResponderExcluirMuito foda! Realmente da para se sentir no show. Excelente!
ResponderExcluir