Resenha - Kreator e Tim Ripper Owens - Carioca Club - SP - 14/12/2013
Se existe uma banda de Thrash Metal que já fez e experimentou de tudo em sua carreira, essa banda é o Kreator. De seu início, em 1984 (1982 se contarmos a época em que o grupo se chamava Tormentor), até 1990, foi um petardo atrás do outro, sempre em constante e clara evolução: "Endless Pain" (1985), "Pleasure To Kill" (1986) e "Terrible Certainty (1987), até atingir o seu auge com "Extreme Agression" (1989) e "Coma Of Souls" (1990). Chegava então o declínio do Thrash Metal, e o Kreator passou a incorporar novos elementos ao seu som, em uma desesperada tentativa de evitar a estagnação. Dalí em diante, a coisa foi ladeira abaixo, com os pavorosos "Renewal" (1992), "Cause For Conflict" (1995), "Outcast" (1997), até alcançar o ápice da mediocridade em "Endorama" (1999). Mas, como diz aquele velho ditado, "o bom filho à casa torna", e em "Violent Revolution" (2001), Miland "Mille" Petrozza (guitarra e vocal) e Jürgen "Ventor" Reil (bateria), acompanhados de Christian "Speesy" Giesler (baixo) e Sami Yli-Sirniö (guitarra), se reencontraram musicalmente, e o excelente Enemy Of God (2005) foi a prova definitiva de que a banda havia, de fato, voltado às suas raízes. Hordes Of Chaos (2009) e Phantom Antichrist (2012) mantiveram o atual padrão de qualidade, e é sobre a tour deste último que vamos falar hoje, pois os alemães retornaram ao nosso país após 4 anos, desembarcando em São Paulo para um show no já tradicional Carioca Club.
O espetáculo teve início com uma abertura, digamos, de luxo: Tim Ripper Owens, conhecido mundialmente por ser o ex-vocalista do Judas Priest, além de ter integrado (ou ainda integrar) outros grandes grupos, como Iced Earth, Beyond Fear, Dio Disciples, Charred Walls Of The Damned, Winters Bane, etc. A banda que acompanhou o vocalista americano nesta tour era composta por excelentes músicos brasileiros: Léo Mancini e BJ (guitarras), Paulo Soza (baixo) e Edu Cominato (bateria). O primeiro som apresentado foi o hino "Painkiller", levantando o público logo de início.
O set foi recheado de clássicos, principalmente, do Priest: "The Ripper", "Burn In Hell", "The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown)", um medley de "Victim Of Changes" com "Metal Gods", "Electric Eye" e "One On One". Também foram executadas "Scream Machine" e "The Human Race", do Beyond Fear, além de "Stand Up And Shout" (Dio) e "Heaven And Hell" (Black Sabbath), esta a responsável pelo encerramento da apresentação de Ripper, que teve aproximadamente uma hora de duração.
Tim Owens continua cantando de forma magistral, dispensa maiores comentários, e sua banda executou todo o set com extrema competência e desenvoltura. Melhor início, impossível!
Era chegada então a hora da grande atração da noite, com a introdução "Mars Mantra" soando nos PA's, enquanto Mille, Ventor, Speesy e Sami adentram o palco para iniciar a devastação sonora com a faixa-título do novo álbum, "Phantom Antichrist". Um Carioca Club absolutamente lotado vai à loucura! Sem tempo para respirar, o grupo manda as também recentes "From Flood Into Fire" e "Warcurse" (esta última lançada em 2009). À seguir, um clássico do primeiro álbum que não constava no setlist há algum tempo: a faixa-título "Endless Pain", precedida pela introdução de "Coma Of Souls". No mesmo ritmo, tivemos "Pleasure To Kill", outro hino absoluto dos alemães, que à essa altura já tinham o público em suas mãos.
Na sequencia, tivemos "Hordes Of Chaos (A Necrologue For The Elite)" e "Death To The World", uma das melhores do lançamento atual. Um dos pontos mais altos do show veio com "Riot Of Violence", onde o baterista Ventor assume os vocais, e canta o clássico com perfeição (vale lembrar que, nos 2 primeiros álbuns, Mille e Ventor alternavam suas vozes entre as músicas).
A energia emanada pela banda nessa apresentação foi algo digno de nota, realmente contagiante, ao contrário do que havia sido visto na última passagem do Kreator pelo Brasil, em 2009, que deixou um bocado a desejar.
A primeira parte do show foi finalizada com a destruidora e já clássica "Enemy Of God", seguida de "Phobia". Sei que muita gente gosta dessa música, mas, na minha opinião, os alemães deveriam (literalmente) esquecer tudo que fizeram entre 1991 e 2000, que não agregou nada ao grupo (pelo contrário), e focar apenas nas fases áurea e atual.
"The Patriarch" surge então nos PA's, indicando o que viria a seguir: "Violent Revolution", faixa-título do trabalho que foi o passo inicial para o retorno do Kreator às suas raízes. O refrão foi cantado em uníssono, afinal, tal música se tornou uma das grandes marcas registradas da banda. O espetáculo teve continuidade com "United In Hate", e uma das minhas prediletas, "People Of The Lie", outra canção bradada a plenos pulmões pelos headbangers presentes. A próxima foi "Civilization Collapse", (primeiro single do "Phantom Antichrist", para a qual foi gravado um ótimo videoclipe), seguida da rápida e avassaladora "Betrayer", que infelizmente foi a única representante do espetacular "Extreme Agression" na noite.
Nesse momento, Mille surge com sua já tradicional bandeira, agradece a presença de todos, e após alguns momentos de interação com a platéia (com direito a citações à Michael Jackson, Tim Owens e Painkiller), dá início à "Flag Of Hate", emendando "Tormentor" na sequencia, levando todo o Carioca Club abaixo, e sacramentando assim o encerramento do show, com a conhecida frase "The Kreator will return!" ao final. Mais um grande espetáculo, para headthrasher nenhum botar defeito!
KREATOR
Intro - Mars Mantra
Phantom Antichrist
From Flood Into Fire
Warcurse
Coma Of Souls (intro) / Endless Pain
Pleasure To Kill
Hordes Of Chaos (A Necrologue For The Elite)
Death To The World
Riot Of Violence (Ventor nos vocais)
Enemy Of God
Phobia
Intro - The Patriarch
Violent Revolution
United In Hate
People Of The Lie
Civilization Collapse
Betrayer
Flag Of Hate
Tormentor
TIM RIPPER OWENS
Painkiller (JUDAS PRIEST)
The Ripper (JUDAS PRIEST)
Burn In Hell (JUDAS PRIEST)
Scream Machine (BEYOND FEAR)
The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown) (JUDAS PRIEST)
Victim Of Changes / Metal Gods (JUDAS PRIEST)
Stand Up And Shout (DIO)
The Human Race (BEYOND FEAR)
Electric Eye (JUDAS PRIEST)
One On One (JUDAS PRIEST)
Heaven And Hell (BLACK SABBATH)
O espetáculo teve início com uma abertura, digamos, de luxo: Tim Ripper Owens, conhecido mundialmente por ser o ex-vocalista do Judas Priest, além de ter integrado (ou ainda integrar) outros grandes grupos, como Iced Earth, Beyond Fear, Dio Disciples, Charred Walls Of The Damned, Winters Bane, etc. A banda que acompanhou o vocalista americano nesta tour era composta por excelentes músicos brasileiros: Léo Mancini e BJ (guitarras), Paulo Soza (baixo) e Edu Cominato (bateria). O primeiro som apresentado foi o hino "Painkiller", levantando o público logo de início.
O set foi recheado de clássicos, principalmente, do Priest: "The Ripper", "Burn In Hell", "The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown)", um medley de "Victim Of Changes" com "Metal Gods", "Electric Eye" e "One On One". Também foram executadas "Scream Machine" e "The Human Race", do Beyond Fear, além de "Stand Up And Shout" (Dio) e "Heaven And Hell" (Black Sabbath), esta a responsável pelo encerramento da apresentação de Ripper, que teve aproximadamente uma hora de duração.
Tim Owens continua cantando de forma magistral, dispensa maiores comentários, e sua banda executou todo o set com extrema competência e desenvoltura. Melhor início, impossível!
Era chegada então a hora da grande atração da noite, com a introdução "Mars Mantra" soando nos PA's, enquanto Mille, Ventor, Speesy e Sami adentram o palco para iniciar a devastação sonora com a faixa-título do novo álbum, "Phantom Antichrist". Um Carioca Club absolutamente lotado vai à loucura! Sem tempo para respirar, o grupo manda as também recentes "From Flood Into Fire" e "Warcurse" (esta última lançada em 2009). À seguir, um clássico do primeiro álbum que não constava no setlist há algum tempo: a faixa-título "Endless Pain", precedida pela introdução de "Coma Of Souls". No mesmo ritmo, tivemos "Pleasure To Kill", outro hino absoluto dos alemães, que à essa altura já tinham o público em suas mãos.
Na sequencia, tivemos "Hordes Of Chaos (A Necrologue For The Elite)" e "Death To The World", uma das melhores do lançamento atual. Um dos pontos mais altos do show veio com "Riot Of Violence", onde o baterista Ventor assume os vocais, e canta o clássico com perfeição (vale lembrar que, nos 2 primeiros álbuns, Mille e Ventor alternavam suas vozes entre as músicas).
A energia emanada pela banda nessa apresentação foi algo digno de nota, realmente contagiante, ao contrário do que havia sido visto na última passagem do Kreator pelo Brasil, em 2009, que deixou um bocado a desejar.
A primeira parte do show foi finalizada com a destruidora e já clássica "Enemy Of God", seguida de "Phobia". Sei que muita gente gosta dessa música, mas, na minha opinião, os alemães deveriam (literalmente) esquecer tudo que fizeram entre 1991 e 2000, que não agregou nada ao grupo (pelo contrário), e focar apenas nas fases áurea e atual.
"The Patriarch" surge então nos PA's, indicando o que viria a seguir: "Violent Revolution", faixa-título do trabalho que foi o passo inicial para o retorno do Kreator às suas raízes. O refrão foi cantado em uníssono, afinal, tal música se tornou uma das grandes marcas registradas da banda. O espetáculo teve continuidade com "United In Hate", e uma das minhas prediletas, "People Of The Lie", outra canção bradada a plenos pulmões pelos headbangers presentes. A próxima foi "Civilization Collapse", (primeiro single do "Phantom Antichrist", para a qual foi gravado um ótimo videoclipe), seguida da rápida e avassaladora "Betrayer", que infelizmente foi a única representante do espetacular "Extreme Agression" na noite.
Nesse momento, Mille surge com sua já tradicional bandeira, agradece a presença de todos, e após alguns momentos de interação com a platéia (com direito a citações à Michael Jackson, Tim Owens e Painkiller), dá início à "Flag Of Hate", emendando "Tormentor" na sequencia, levando todo o Carioca Club abaixo, e sacramentando assim o encerramento do show, com a conhecida frase "The Kreator will return!" ao final. Mais um grande espetáculo, para headthrasher nenhum botar defeito!
KREATOR
Intro - Mars Mantra
Phantom Antichrist
From Flood Into Fire
Warcurse
Coma Of Souls (intro) / Endless Pain
Pleasure To Kill
Hordes Of Chaos (A Necrologue For The Elite)
Death To The World
Riot Of Violence (Ventor nos vocais)
Enemy Of God
Phobia
Intro - The Patriarch
Violent Revolution
United In Hate
People Of The Lie
Civilization Collapse
Betrayer
Flag Of Hate
Tormentor
TIM RIPPER OWENS
Painkiller (JUDAS PRIEST)
The Ripper (JUDAS PRIEST)
Burn In Hell (JUDAS PRIEST)
Scream Machine (BEYOND FEAR)
The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown) (JUDAS PRIEST)
Victim Of Changes / Metal Gods (JUDAS PRIEST)
Stand Up And Shout (DIO)
The Human Race (BEYOND FEAR)
Electric Eye (JUDAS PRIEST)
One On One (JUDAS PRIEST)
Heaven And Hell (BLACK SABBATH)
Comentários
Postar um comentário